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Scott Malone | ||||||||||||||||
Três alunos do MIT, uma das melhores escolas de tecnologia do mundo, conseguiram enganar o sistemas de transportes de Boston e agora podem falar livremente sobre essa falha de segurança, graças a uma decisão judicial de terça-feira, vista como uma vitória para a liberdade acadêmica. A Autoridade de Transportes da Baía de Massachusetts (MBTA) havia movido uma ação contra os alunos que demonstraram num trabalho como seria possível conseguir milhares de viagens grátis em ônibus e metrô manipulando o "Charlie Card", sistema automático de tarifação. O trabalho deveria ser apresentado neste mês numa conferência de hakers em Las Vegas. A MBTA havia solicitado uma liminar contra a apresentação, alegando que ela violaria as leis sobre fraudes eletrônicas. Os funcionários pediam uma chance de rever as falhas antes que elas viessem a público. Mas o juiz George O''Toole, da Corte Federal de Boston, decidiu que trabalhos acadêmicos não podem constituir violação da lei contra fraude eletrônica. "Precisamos de liberdade acadêmica e capacidade de falar nessas coisas sem temer as consequências jurídicas. O mercado das idéias não funciona quando temos liminares sobre os cientistas", disse Carol Rose, diretora-executiva da União Americana das Liberdades Civis em Massachusetts, que participou da defesa dos estudantes. Os três alunos de graduação - Zack Anderson, R.J. Ryan e Alessandro Chiesa - receberam nota máxima por seu trabalho. O truque é reprogramar os cartões para que eles pareçam conter centenas de vezes mais valor do que deveriam. Os alunos prometiam que na conferência de Las Vegas iriam omitir dados cruciais para quem quisesse tirar vantagem das falhas. Daniel Grabauskas, gerente-geral da MBTA, disse: "Agora que os procedimentos judiciais ficaram para trás, renovo meu convite para que os alunos se sentem conosco e discutam suas descobertas." Os alunos do MIT são famosos pelas "travessuras" usadas para comprovar suas proezas tecnologias. Em 2006, eles colocaram um caminhão de bombeiros com 7,6 metros de comprimento sobre a cúpula da biblioteca da instituição, que fica na localidade de Cambridge, separada de Boston pelo rio Charles. | ||||||||||||||||
Reuters |
terça-feira, 19 de agosto de 2008
Decisão judicial
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